Não sei que balanço existe para fazer de um ano que teve “corrupção”
escolhida como palavra do ano, mas como entendo que esta aventura bloguística
deve ter como missão partilhar algo interessante e construtivo com meia-dúzia
de amigos… senhoras e senhores, está na hora de mais um Balanço Anual do vosso génio criativo de eleição!
2014 começou da melhor forma possível: comigo em Roma, rodeado de amigos!
Dificilmente nas minhas próximas sessenta e seis passagens de ano será possível
superar este feito. Não vou voltar a falar desse momento, uma vez que o fiz no Balanço anterior, mas em vez disso vou
recordar outro momento igualmente extraordinário: o meu aniversário! Bem sei
que é um dia de gáudio e celebração para toda a Humanidade, mas este ano os
amigos do Psy conseguiram a extraordinária proeza de me oferecer um conjunto de
prendas que na sua simplicidade definem exactamente quem sou. Senão vejamos: um
livro de ficção histórica que tem Michelangelo Buonarroti
como personagem principal; um jogo de tabuleiro com a temática de Dungeons
& Dragons; uma t-shirt d’O Império Contra-Ataca; um puzzle da
Barbie e um panamá encarnado, porque eu sou tarado e os meus amigos são tão
tarados como eu! Já vos disse este ano que vos adoro?
Sobre o Gnosei Seauton
propriamente dito, creio que 2014 não foi um ano de particular relevância,
ficando essencialmente na minha memória como “o ano da preguiça”, pois houve
inúmeras coisas sobre as quais queria escrever, e acabei por não o fazer.
Aliás, a preguiça tem sido tanta que o Prodigioso Psy até já levou um puxão de
orelhas do Fantástico Sr. Fusão por estar atrasado com o post do Balanço Anual.
Fechado este capítulo, debrucemo-nos (sem deixar cair o panamá vermelho)
sobre os tópicos habituais.
2014: Uma Música
Já ando há várias semanas a pensar no que iria colocar nesta rubrica.
Sim, ficam a saber que eu começo a pensar com bastante antecedência nas
escolhas para os posts de Balanço.
Verdade seja dita, este ano não me inspirou muito em termos musicais. Gostaria
de destacar apenas o orgulho de ver o – senhor! – Carlos do Carmo a receber um
Grammy.
De resto, até houve a surpresa de um inesperado álbum de originais dos
Pink Floyd (que serviu como bomba de nostalgia), mas em termos de canções não
houve muito que me tivesse ficado no ouvido. Sei que tenho um trio de amigos
que desejaria profundamente que eu escolhesse o “Turbinada” da Ana Malhoa para
música do ano… mas eu não quero pela primeira vez na vida começar a ter
pensamentos suicidas.
Posto isto, não havendo uma canção que me pareça merecer um particular
destaque, a única forma que tenho de preencher esta rubrica é fazendo um
bocadinho de batota, e já que falamos de Música, então que falemos de coisas
sérias. A banda sonora de Interstellar
é um dos maiores feitos musicais dos últimos anos. Hans Zimmer não falha, e
portanto todo e qualquer prémio que tenha “Música” no título pode ser entregue
a um artista maior que os Homens, capaz de fazer algo como este No Time For Caution.
2014: Um Filme
Do not go gentle into that good night,
Old age should burn and rave at close of day;
Rage, rage against the dying of the light.
Não será propriamente uma surpresa apontar Interstellar como o filme do ano. Apesar de eu achar que lhe faltou
qualquer coisinha lá no fundo, a verdade é que o único filme de 2014 que
poderia eventualmente disputar o lugar cimeiro do pódio seria o Guardiões da Galáxia. Mas isso seria
para gente que gosta de filmes para gente doida, que é a única coisa que se
pode dizer de um filme que tem um guaxinim falante e uma árvore andante. Mas,
apesar de Guardiões da Galáxia ter
sido sem dúvida a surpresa do ano, não deixa de ser um filme de cowboys no espaço, e, a bem da
coerência, um filme profundo e introspectivo como Interstellar nunca poderia verdadeiramente ceder o primeiro lugar a
uma “brincadeira de gente crescida”.
2014: Um Livro
Ai, ai, ai, ai, ai! Não quero falar desta rubrica… ainda! Explico muito
rapidamente: estão a ver a tal preguiça? Pois é, por esta altura eu já deveria
ter escrito o artigo sobre o melhor livro que li em 2014, mas ainda não o fiz.
Sem revelar o título, ou o autor, deixo apenas uma pista: já aqui falei dele!
;P
Aguardem mais uns dias, e… talvez
eu vos fale de elefantes!
2014: Um Comentário Político
2014: O Momento Mr. Bean do Ano
Eu ia a escrever que finalmente tinha passado um ano sem fazer figura de
urso, mas subitamente lembrei-me de um grupo de quatro trintões, em pleno
Centro Comercial Colombo, a rir à gargalhada enquanto viam num i-Pad o
“Turbinada” da Ana Malhoa e o “qualquer-coisa-Vanessa-Popozuda”.
E, pronto, vamos ficar por aqui, pois eu ainda gostaria de iniciar 2015
com alguma réstia de dignidade…
2014: Um Momento
Já mencionei Roma? Tenho assim a vaga noção de o ter feito, mas por via das
dúvidas, e só mesmo para ter a certeza, o momento do ano é mesmo Roma! A minha
cidade, o meu espírito, a minha identidade. Estar, no dia 1 de Janeiro, na
Praça de São Pedro no meio de uma multidão que não cabe no enquadramento da
máquina fotográfica é algo assombroso! Até mesmo para quem não tem crenças
religiosas, sentir aquela força humana tremenda é inspirador. E, convenhamos, o
Papa Xico é um tipo do mais porreiro que há. Um dia destes convido-o para jogar
boardgames connosco. Depois seguiu-se a escultura, a arquitectura, a pintura, a
História, os Museus do Vaticano, e cada calhau que há por Roma. Nenhuma outra
cidade do mundo faz sombra à Cidade dos Césares - meus ascendentes.
Mas mudemos de assunto, caso contrário acabam-se-me as páginas e a
tinta da caneta. Assim, ergo a minha Guinness a quem comigo percorreu museus,
partilhando gargalhadas a cada vez que escutava "comentários intelectuais"
(Ué, Rubens com S? Não devia ser Ru-BEN?);
a quem me sequestrou em pleno Algarve, e – amarrado no porta-bagagens de um
carro! – me obrigou a cruzar a fronteira para ir àquela terra cujo nome se me
escapa de momento, forçando-me a por lá "almoçar" (na melhor das
hipóteses, a engolir umas substâncias sólidas condimentadas); a quem comigo
passou uma noite inteira de chinelo na mão a matar melgas!!!; a quem comigo
jogou Race For The Galaxy, Twilight Imperium, Lords of Waterdeep, e... aquele
outro jogo cujo nome se me escapa porque é horrível e pessoas de bom gosto se
recusam a jogá-lo (vá, pronto, está bem, eu digo – sob ameaça de morte –
que o Cosmic Encounters é capaz de não ser tão mau como eu o pinto); à
Irmandade da Vacaria, que pouca gente sabe o que é, mas que me faz morrer de
riso; à louraça que me fez passar boa parte da véspera da passagem de ano
agarrado a uma Barbie (a sério, isto de passar dos trinta e começar a brincar
às Barbies... digam lá, é o karma a gozar comigo, não é?); à mãe dessa louraça,
que é uma pessoa espantabulástica porque faz bolos espectaculares para um grupo
de marmanjos que lhe invade a casa a toda a hora para jogar jogos de tabuleiro
(que invariavelmente acabam com "um certo descendente dos Césares" a
berrar FARTARUGA e NINOSSAURO); aos frenéticos (De)formadores que me baptizaram
de “Cartoon Maquiavélico”; aos muy nobres irmãos escolásticos, e esbeltas
donzelas, que comigo calcorrearam os caminhos de Óbidos, e que respeitando a
tradição Templária encheram a pança de cerveja até mais não; e a todos os que
discordam comigo sobre cinema (e que estão errados! e – SIM! – a porra do IMAX
estava azul!!!).
E, só mesmo para terminar... já referi Roma?
Bom, certo é que o novo ano já cá anda, e portanto é hora de carregar no
botão reset, e inventar coisas novas,
e memoráveis. Sei que estão em pulgas para terminar de ler este artigo e ir a
correr descobrir o que é o “Turbinada”. E se forem suficientemente audazes para
o fazer (e sobreviverem à experiência), espero que me perdoem, e que tenham um
2015 tão inspirador como… link.
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