domingo, 22 de maio de 2011

Panteão: Hans Zimmer

Se um dia THE PSY escolhesse outros deuses para se juntarem a si no Panteão... quem escolheria?
Hans Zimmer!
O meu fanatismo por Hans Zimmer iniciou-se no já muy longínquo ano 2000 AD, à saída de uma sala de cinema. Tinha acabado de ver o “Gladiador”, e alguns minutos mais tarde estava a comprar a banda sonora do filme. Já nessa altura eu era um consumidor ávido de bandas sonoras, muito graças a outra entidade divina de seu nome John Williams. Mas o que Hans Zimmer fez no Gladiador foi algo verdadeiramente inovador. A música tinha uma força que já não era explorada desde os tempos de outro alemão, de seu nome Richard Wagner, porventura o músico mais importante para o que viria a ser a evolução musical no século XX.
Zimmer conseguiu aperfeiçoar aquilo que John Williams já usava com inigualável genialidade, e que nos leva de volta a Wagner. O leitmotif. Uma técnica de composição  que gera acordes poderosos e que são repetidos de forma intensa, deixando o ouvinte mesmerizado, associados a uma determinada personagem ou situação. Que me perdoem os estudiosos de música a imperfeição da minha linguagem...
Se o meu amigo, e agora colega de panteão, se tivesse limitado a ser um criador de temas operáticos cheios de intensidade, já seria um dos maiores compositores dos últimos cem anos, mas o meu deutsche freund teima em ser muito superior a isso. Zimmer tem uma carreira variadíssima, onde se dá ao luxo de explorar todos os ambientes, e conseguindo sempre inovar, e criar novos temas que são tão viciantes como trufas de chocolate belga. Criou um tema cheio de humor enérgico para “Madagáscar”, criou duas bandas sonoras quasi-religiosas para “O Código DaVinci” e “Anjos e Demónios”, e deu vida a um “Dark Knight” negro, soturno, capaz de transparecer todo o ambiente desolador das histórias de Batman, contadas por Christopher Nolan, e também acompanhar o mesmo realizador na fenomenal epopeia “Inception”, com um dos temas mais assombrosos da história do cinema. Já agora, convém não esquecer o comovente “O Último Samurai”, apenas ao alcance eclético de alguns.
Quando um dia destes a Humanidade decidir compor uma sinfonia para homenagear THE PSY, será o meu amigo Hans a fazê-la.
Por agora, sugiro que espreitem o youtube para se deixarem render pela mais extraordinária música que a Humanidade produziu nos últimos 15 anos: “Chelaviers de Sangreal” – link


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