quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Brainsss



Para diversificar os temas abordados aqui no blogue vou começar 2013 a falar daqueles simpáticos jogos que “explodiram” no ano passado graças aos novos telemóveis e tablets.
Muitos destes jogos (que presumo também se incluam na categoria “apps”) são disponibilizados gratuitamente a quem tenha conta no Google, ou tenha produtos da Apple.
Quem me conhece (gente afortunada…) sabe que nunca tive muito o bichinho dos jogos de computador. Mesmo os jogos mais “avançados” (Skyrim ou Diablo 3) não me seduzem muito. Por outro lado, estes jogos completamente básicos são altamente viciantes. Angry Birds, Plants vs Zombies, e coisas do género.
Por agora, entretenho-me a falar do “Brainsss”. Fã de zombies como sou, decidi experimentar este. É entretenimento puro, e garantido! Numa abordagem muito cartoonesca, o jogador tem por missão andar a passear um grupo de zombies por cenários diferentes, tendo por objectivo “converter” todos os humanos que lhe aparecem pelo caminho. Acho lindo ver um amontoado de cartoons, de braços esticados, a correr pelo mapa fora para zombificar as pessoazinhas aterrorizadas. Espero que isto não faça de mim um psicopata…
Apesar de inicialmente o jogo parecer um bocadinho aborrecido e repetitivo, com o passar dos níveis começa a tornar-se mais estimulante, com variações nas missões, e adversários com “poderes especiais” que obrigam a pensar um bocadinho (notem a ironia, num jogo de zombies) na estratégia a adoptar. Pelo meio, há o “rage counter” que torna o jogo ainda mais cómico. Basicamente, à medida que o nosso grupo de zombies vai convertendo humanos, e derrubando os vários objectos que lhe aparece pela frente, vai aumentando o “contador de fúria”, que quando fica cheia permite activar o “rage mode”, tornando o ecrã todo vermelho, e pondo os zombies a fazer sprints pelo ecrã fora, atrás das vítimas.
Simples, atraente, divertido, e despretensioso. Uma boa forma de descontrair um bocadinho.
Página oficial: http://www.brainsss.com/



quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

2012: O Balanço



O ano 2012 não deixou grandes saudades. Desde a histeria colectiva em que se viveu boa parte do ano, com as maçonarias, as reformas do Presidente da República, e tanta outra coisa absurda, até à imposição aparentemente definitiva do aborto ortográfico, pode dizer-se que foi o ano de “reality check” colectivo. Descobrimos finalmente que não tínhamos dinheiro, não tínhamos voz activa, não tínhamos peso, e que no meio de tudo isto a democracia é uma ilusão. Bonita, mas mesmo assim uma ilusão. Assistimos a amigos a ir embora para outros países, e a amigos e familiares a perderem o emprego, enquanto a maralha sem moral continua a fazer o que quer e lhe apetece sem quaisquer consequências. Não temos afinal a capacidade de mudar as coisas, como desejaríamos. Não estamos assim tão diferentes dos tempos dos senhores feudais, onde continuamos a sacrificar o que temos para que os nobres continuem a comer as cerejas no topo dos bolos. Os tempos mudaram, os vícios não.
Enfim, mas centremos as nossas atenções neste blogue, que no meio disto tudo é o que nos traz aqui. Para que 2012 fique devidamente encerrado, vamos ao famoso BALANÇO DO ANO!
Até para este pobre blogue o ano de 2012 foi trágico. Senão, vejamos: enquanto no ano passado chegavam aqui muitos internautas que pesquisavam por “badalhocas no facebook”, se bem se lembram, este ano a maioria dos visitantes chegou aqui à procura de “livro de reclamações”. O que não deixa de ser uma enorme ironia, sendo eu um Grumpy Cat que manda vir com tudo e mais alguma coisa. Fiquei igualmente surpreendido ao constatar que ao contrário do ano passado em que a maioria dos visitantes vinha da Holanda, este ano… nem um! Em compensação, parece que agora tenho uma legião de admiradores vindos da América. Portanto, como mandam as regras da boa educação: “Dear American visitors, if you voted for Obama, please learn Portuguese and continue to browse the site. If not, Grumpy Cat wishes you to choke. Have a nice day.”
Em termos de “posts mais vistos” os prémios este ano vão para: 1) “A Glória dos Traidores”; 2) “O Hobbit”; 3) “Cloud Atlas”. O que é interessante, porque no ano passado sempre que escrevia sobre cinema ficava a falar com os cucos. É sempre bom mantermos a coerência.
Nas antípodas, os “posts menos vistos” foram “O Nobel da União Europeia” e “Filhos da Madrugada Cantam Zeca Afonso”. Hmmm, portanto, quando eu falo de hobbits e dragões vem toda a gente a correr, quando falo de coisas sérias, ninguém liga. Conclusão: o blogue foi invadido por miúdos de seis anos. Em 2013, falar de Morangos com Açúcar!
Passemos, então, aos Prémios PSY 2012.

2012: Uma Música
O ano que passou até foi interessante em termos de música. Infelizmente vai ficar para a História como o ano em que um intrujão coreano que roubou o meu nome conquistou o mundo inteiro com o “Gangnan Style”.
Pela parte que me toca, podia ir buscar muitas canções para dizer “foi esta”, e confesso que a Adele com o magnífico “Skyfall” esteve quase a ser a eleita. No entanto, e apesar de ser praticamente desconhecida (obrigado media nacionais por só passarem lixo), este ano o que me arrebatou (apesar de ter sido lançado ainda em 2011) foi um tema dos magníficos Florence and the Machine.

2012: Um Filme
Em termos cinematográficos este foi um ano “misto”, essencialmente por ter apanhado algumas das maiores desilusões da minha vida cinéfila. Mas, acima de tudo, foi um ano em que tomei consciência da diferença abissal que existe entre a forma como as gerações actuais e as gerações anteriores percepcionam o cinema. Quando fui ver os “Vingadores” pensei “ok, é um filme engraçadito”; nunca me ocorreu ver pessoas a bradarem aos céus e a classificarem-no como um dos melhores filmes de todos os tempos. “Prometheus” deixou-me na dúvida; é um excelente filme de ficção científica (Riddley Scott continua a ser Deus), mas achei-o muito aquém das expectativas enquanto filme enquadrado no universo “Alien”. Depois houve aquele “terceiro filme da trilogia Batman do Nolan”, que eu já fiz um esforço para apagar da minha memória, e que mais uma vez tem legiões de amibas que o acham o melhor filme de todos os tempos. Felizmente, o último trimestre salvou aquele que se encaminhava para ser mais um ano trágico. “Skyfall” foi uma boa surpresa, e uma digna homenagem aos 50 anos de James Bond.
Isto tudo para dizer que, quem ainda está à espera para descobrir qual foi o meu filme preferido entre o “Hobbit” e o “Cloud Atlas” é porque tem andado muito distraído a ler este blogue.

2012: Um Livro
Falando em tragédias, 2012 foi a título pessoal um ano trágico em termos de leitura, porque li menos de metade do que queria/deveria ter lido. Além de ter tido azar na escolha de alguns livros que se revelaram um completo desperdício de tempo, ainda houve mais uma catrefada deles que larguei a meio.
Dito isto, cabe-me falar de “The Master and Margarita”, do russo Mikhail Bulgakov. É um colosso literário que nem depois de o ler tenho total percepção da sua dimensão. Trata-se de uma história surrealista (o que é dizer pouco), passada na União Soviética do início do século XX, reunindo um conjunto de estranhas personalidades, entre as quais o próprio Satanás disfarçado de mágico, e um gato falante que aparece na capa com uma pistola e uma garrafa de vodka. Surrealista o suficiente? Li muito sobre a obra depois de a terminar, e confesso que tem uma história fascinante, que não consigo acompanhar por inteiro, dado que não sou propriamente um expert em História da Rússia. Fiquei deslumbrado com a ousadia do livro, e todo o ambiente literário-fantástico em redor do mesmo. Depois de conhecer o percurso da obra ainda me tornei maior fã da mesma. Espero um dia voltar a lê-lo, de preferência depois de conhecer mais aprofundadamente a realidade russa do início do século XX, e assim conseguir interiorizar bastante melhor todo o significado do livro.

2012: Um Comentário Político

2012: Um Momento
E porque porra haveria eu de escolher apenas um, quando tenho a felicidade de ter vivido dezenas deles? A vida é demasiado boa para nos cingirmos a apenas um momento, ou até mesmo dois, ou três! Por isso, ao bom estilo hobbit, ergo a minha garrafa de Casal Garcia para brindar a todos os que: partilharam comigo um chocolate quente numa esplanada em Janeiro (a morrer de frio); beberam comigo uma Guinness num Irish Pub; me disseram na praia “Mas como é que tu não conheces Dr. Who?!?”; trocaram comigo ovelhas por tijolos (hehehehe); obrigaram-me a regressar a um restaurante Indiano (calma, ainda estou vivo); foram comigo ao cinema (deixando de fora uma pessoa que me rogou sete pragas porque eu não a convidei a ir ver o Hobbit por saber que ela ia detestar o filme); jogaram comigo horas intermináveis de roleplay onde fazemos Tolkien empalidecer com a nossa awesomeness; me puseram a assar castanhas dentro de uma lareira (e a espalhar sal pelo chão da casa toda); tiraram comigo fotos tresloucadas no meio de budas gigantes (ainda estou à espera de as ver!!!); jogaram comigo xadrez na praia, durante um fim-de-semana onde até me pagaram o bungalow (woohoo!!!!); ficaram a olhar para mim em estado-de-choque cada vez que tento convencer a minha discípula jedi que todos os animais do mundo fazem “muuuuuuuuuu”.
E que 2013 tenha três vezes mais momentos destes, onde eu continue a fazer-vos rir, continue a rir de mim próprio, e continue a rir à gargalhada com vocês (como, por exemplo, quando uma certa vidente confunde a garrafa de Fanta com a de vodka).

2012: O Momento Mr. Bean do Ano
Verão. THE PSY vai a uma feira medieval com um grupo de amigos. A malta senta-se para comer caldo verde  numa daquelas mesas grandes, com bancos compridos. Ao nosso lado está um casal de Canadianos, metido consigo mesmo. THE PSY mete conversa, e pouco depois temos uma mesa animada onde nos fartamos de conversar, tirar fotografias, ouvir o Canadiano a tocar a sua harmónica, e onde obviamente THE PSY diz aos Canadianos para visitar uma série de coisas boas em Portugal, aproveitando ainda para dizer mal dos Espanhóis. Como exigem as regras da boa etiqueta. Passada quase uma hora de amena cavaqueira, o gentleman Canadiano, sentado ao meu lado, com a maior das naturalidades, inclina-se ligeiramente para a frente, empinando o cu e soltando um tremendo peido. Não me refiro a um mero traque, daqueles que fazem as bordas do cu bater uma na outra como se fossem castanholas. Muito pior. Pensem mais em algo ao nível de o Godzilla a acordar mal disposto, com uma bomba atómica a cair-lhe em cima. THE PSY, com a sua educação muito Europeia, fica estarrecido, de olhos esbugalhados, pálido, imóvel, em choque absoluto.
Algum tempo depois perguntam os amigos: “O que é que se passou que estavas tão falador e de um momento para o outro ficaste tão calado?”
Percebo agora a música do South Park:
Times have changed
Our kids are getting worse
They won't obey the parents
They just want to fart and curse!
 Should we blame the government?
 Or blame society?
 Or should we blame the images on TV?
 No, blame Canada!
 Blame Canada!


Ora bem, e não posso encerrar o balanço do ano sem cumprir uma promessa que deixei no ano anterior: a das badalhocas! Sim, para os mais esquecidos eu prometi que iria homenagear o facto de um dos termos mais pesquisados que trazia visitantes a este blogue ser “facebook de badalhocas”. E assim sendo, aqui vos deixo com os votos de um Bom 2013, acompanhado de uma foto escaldante da maior badalhoca de todos os tempos!