terça-feira, 13 de janeiro de 2015

2014: O Balanço



Não sei que balanço existe para fazer de um ano que teve “corrupção” escolhida como palavra do ano, mas como entendo que esta aventura bloguística deve ter como missão partilhar algo interessante e construtivo com meia-dúzia de amigos… senhoras e senhores, está na hora de mais um Balanço Anual do vosso génio criativo de eleição!


2014 começou da melhor forma possível: comigo em Roma, rodeado de amigos! Dificilmente nas minhas próximas sessenta e seis passagens de ano será possível superar este feito. Não vou voltar a falar desse momento, uma vez que o fiz no Balanço anterior, mas em vez disso vou recordar outro momento igualmente extraordinário: o meu aniversário! Bem sei que é um dia de gáudio e celebração para toda a Humanidade, mas este ano os amigos do Psy conseguiram a extraordinária proeza de me oferecer um conjunto de prendas que na sua simplicidade definem exactamente quem sou. Senão vejamos: um livro de ficção histórica que tem Michelangelo Buonarroti como personagem principal; um jogo de tabuleiro com a temática de Dungeons & Dragons; uma t-shirt d’O Império Contra-Ataca; um puzzle da Barbie e um panamá encarnado, porque eu sou tarado e os meus amigos são tão tarados como eu! Já vos disse este ano que vos adoro?
Sobre o Gnosei Seauton propriamente dito, creio que 2014 não foi um ano de particular relevância, ficando essencialmente na minha memória como “o ano da preguiça”, pois houve inúmeras coisas sobre as quais queria escrever, e acabei por não o fazer. Aliás, a preguiça tem sido tanta que o Prodigioso Psy até já levou um puxão de orelhas do Fantástico Sr. Fusão por estar atrasado com o post do Balanço Anual.
Fechado este capítulo, debrucemo-nos (sem deixar cair o panamá vermelho) sobre os tópicos habituais.

2014: Uma Música
Já ando há várias semanas a pensar no que iria colocar nesta rubrica. Sim, ficam a saber que eu começo a pensar com bastante antecedência nas escolhas para os posts de Balanço. Verdade seja dita, este ano não me inspirou muito em termos musicais. Gostaria de destacar apenas o orgulho de ver o – senhor! – Carlos do Carmo a receber um Grammy.
De resto, até houve a surpresa de um inesperado álbum de originais dos Pink Floyd (que serviu como bomba de nostalgia), mas em termos de canções não houve muito que me tivesse ficado no ouvido. Sei que tenho um trio de amigos que desejaria profundamente que eu escolhesse o “Turbinada” da Ana Malhoa para música do ano… mas eu não quero pela primeira vez na vida começar a ter pensamentos suicidas.
Posto isto, não havendo uma canção que me pareça merecer um particular destaque, a única forma que tenho de preencher esta rubrica é fazendo um bocadinho de batota, e já que falamos de Música, então que falemos de coisas sérias. A banda sonora de Interstellar é um dos maiores feitos musicais dos últimos anos. Hans Zimmer não falha, e portanto todo e qualquer prémio que tenha “Música” no título pode ser entregue a um artista maior que os Homens, capaz de fazer algo como este No Time For Caution.


2014: Um Filme
Do not go gentle into that good night,
Old age should burn and rave at close of day;
Rage, rage against the dying of the light.
Não será propriamente uma surpresa apontar Interstellar como o filme do ano. Apesar de eu achar que lhe faltou qualquer coisinha lá no fundo, a verdade é que o único filme de 2014 que poderia eventualmente disputar o lugar cimeiro do pódio seria o Guardiões da Galáxia. Mas isso seria para gente que gosta de filmes para gente doida, que é a única coisa que se pode dizer de um filme que tem um guaxinim falante e uma árvore andante. Mas, apesar de Guardiões da Galáxia ter sido sem dúvida a surpresa do ano, não deixa de ser um filme de cowboys no espaço, e, a bem da coerência, um filme profundo e introspectivo como Interstellar nunca poderia verdadeiramente ceder o primeiro lugar a uma “brincadeira de gente crescida”.

2014: Um Livro
Ai, ai, ai, ai, ai! Não quero falar desta rubrica… ainda! Explico muito rapidamente: estão a ver a tal preguiça? Pois é, por esta altura eu já deveria ter escrito o artigo sobre o melhor livro que li em 2014, mas ainda não o fiz. Sem revelar o título, ou o autor, deixo apenas uma pista: já aqui falei dele! ;P
Aguardem mais uns dias, e… talvez eu vos fale de elefantes!

2014: Um Comentário Político

2014: O Momento Mr. Bean do Ano
Eu ia a escrever que finalmente tinha passado um ano sem fazer figura de urso, mas subitamente lembrei-me de um grupo de quatro trintões, em pleno Centro Comercial Colombo, a rir à gargalhada enquanto viam num i-Pad o “Turbinada” da Ana Malhoa e o “qualquer-coisa-Vanessa-Popozuda”.
E, pronto, vamos ficar por aqui, pois eu ainda gostaria de iniciar 2015 com alguma réstia de dignidade…

2014: Um Momento
Já mencionei Roma? Tenho assim a vaga noção de o ter feito, mas por via das dúvidas, e só mesmo para ter a certeza, o momento do ano é mesmo Roma! A minha cidade, o meu espírito, a minha identidade. Estar, no dia 1 de Janeiro, na Praça de São Pedro no meio de uma multidão que não cabe no enquadramento da máquina fotográfica é algo assombroso! Até mesmo para quem não tem crenças religiosas, sentir aquela força humana tremenda é inspirador. E, convenhamos, o Papa Xico é um tipo do mais porreiro que há. Um dia destes convido-o para jogar boardgames connosco. Depois seguiu-se a escultura, a arquitectura, a pintura, a História, os Museus do Vaticano, e cada calhau que há por Roma. Nenhuma outra cidade do mundo faz sombra à Cidade dos Césares - meus ascendentes.
Mas mudemos de assunto, caso contrário acabam-se-me as páginas e a tinta da caneta. Assim, ergo a minha Guinness a quem comigo percorreu museus, partilhando gargalhadas a cada vez que escutava "comentários intelectuais" (Ué, Rubens com S? Não devia ser Ru-BEN?); a quem me sequestrou em pleno Algarve, e – amarrado no porta-bagagens de um carro! – me obrigou a cruzar a fronteira para ir àquela terra cujo nome se me escapa de momento, forçando-me a por lá "almoçar" (na melhor das hipóteses, a engolir umas substâncias sólidas condimentadas); a quem comigo passou uma noite inteira de chinelo na mão a matar melgas!!!; a quem comigo jogou Race For The Galaxy, Twilight Imperium, Lords of Waterdeep, e... aquele outro jogo cujo nome se me escapa porque é horrível e pessoas de bom gosto se recusam a jogá-lo (vá, pronto, está bem, eu digo – sob ameaça de morte – que o Cosmic Encounters é capaz de não ser tão mau como eu o pinto); à Irmandade da Vacaria, que pouca gente sabe o que é, mas que me faz morrer de riso; à louraça que me fez passar boa parte da véspera da passagem de ano agarrado a uma Barbie (a sério, isto de passar dos trinta e começar a brincar às Barbies... digam lá, é o karma a gozar comigo, não é?); à mãe dessa louraça, que é uma pessoa espantabulástica porque faz bolos espectaculares para um grupo de marmanjos que lhe invade a casa a toda a hora para jogar jogos de tabuleiro (que invariavelmente acabam com "um certo descendente dos Césares" a berrar FARTARUGA e NINOSSAURO); aos frenéticos (De)formadores que me baptizaram de “Cartoon Maquiavélico”; aos muy nobres irmãos escolásticos, e esbeltas donzelas, que comigo calcorrearam os caminhos de Óbidos, e que respeitando a tradição Templária encheram a pança de cerveja até mais não; e a todos os que discordam comigo sobre cinema (e que estão errados! e – SIM! – a porra do IMAX estava azul!!!).
E, só mesmo para terminar... já referi Roma?

Bom, certo é que o novo ano já cá anda, e portanto é hora de carregar no botão reset, e inventar coisas novas, e memoráveis. Sei que estão em pulgas para terminar de ler este artigo e ir a correr descobrir o que é o “Turbinada”. E se forem suficientemente audazes para o fazer (e sobreviverem à experiência), espero que me perdoem, e que tenham um 2015 tão inspirador como… link.

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